segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Destruição do terremoto é pior no interior da Indonésia


Equipes desembarcam a todo momento para ajudar nas buscas e na reconstrução. Mais de 900 corpos foram retirados dos escombros.

Quase uma semana depois dos terremotos, a Indonésia ainda não tem a dimensão exata da tragédia. Em Padang, uma cidade de 900 mil habitantes, as escavações avançam rapidamente para retirar os corpos debaixo dos edifícios que desabaram. Crianças voltaram às aulas em tendas improvisadas, já que muitas escolas foram destruídas. Em uma tentativa de retomar à normalidade, os mercados reabriram. Hospitais também funcionam em barracas de instituições internacionais. Dezenas de voluntários de vários países vieram dar socorro à população da Indonésia. O trabalho das equipes de resgate ficou ainda mais difícil por causa dos temporais que caem sobre a Ilha de Sumatra desde domingo. Apesar do risco que isso representa para as pessoas que estão trabalhando, as buscas não foram interrompidas. No interior, a situação é pior. Saímos de Padang em direção à região onde foi o epicentro do primeiro terremoto, o mais devastador. No caminho, encontramos vilas onde somente hoje chegou socorro. Em alguns lugares, água e comida ainda são artigos escassos, apesar do esforço das equipes de socorro locais e das instituições internacionais. Em alguns lugares, as escavações são feitas no meio da lama, por causa da chuva. Na região montanhosa, encontramos vilas completamente soterradas pelos deslizamentos de terra. Os soterrados ainda são contados às centenas. Pessoas que sobreviveram acompanham as buscas, à espera de notícias dos parentes desaparecidos. Encontramos pessoas que perderam a família inteira. O temor é que a chuva provoque novos deslizamentos, aumentando o número de vítimas.

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