Brasília, 11 mai (EFE).- O Brasil bateu um recorde na geração de empregos em 2010 ao criar 2,86 milhões de postos de trabalho formais, número que representa um crescimento de 6,9% com relação a 2009, informou o Governo Federal nesta quarta-feira.
As taxas observadas no ano passado superam com folga as de 2007, quando havia sido registrado o recorde anterior, de 1,67 milhão de empregos, o que permitiu ao Brasil alcançar os 44 milhões de trabalhadores com carteira assinada, segundo dados do Ministério do Trabalho.
Estes resultados se devem em parte ao setor de serviços, que em 2010 registrou o maior índice na criação de empregos, com 1,1 milhão de postos de trabalho, seguido do comércio, com 689 mil novos trabalhadores.
A indústria de transformação (542.600 postos de trabalho) e a construção civil (376.600) também contribuíram para bater o recorde na abertura de vagas.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, antecipou em entrevista coletiva que em 2011 a geração de empregos será superior à deste ano e serão criados em torno de três milhões de novas postos.
"Brasil é hoje em dia uma referência mundial em políticas de geração de emprego e renda", afirmou Lupi, antes de afirmar que o número de postos de trabalho nos três principais setores da economia cresceu acima do Produto Interno Bruto (PIB).
Um dos segmentos de destaque foi o de trabalhadores de entre 50 e 64 anos, que cresceu 10,28%, o que se deveu à necessidade das empresas de contar com mão de obra com experiência, segundo o ministro.
De acordo com o Ministério do Trabalho, durante os oito anos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram criados 15,4 milhões de empregos formais.
O índice de desemprego, que inclui também os trabalhadores sem carteira assinada, situou-se em 6,5% da população ativa em março, segundo os dados oficiais mais recentes.